Atividade

Ruínas do Mocke + Circuito de 9 Represas da cedae

Baixar

Fotos da trilha

Foto deRuínas do Mocke + Circuito de 9 Represas da cedae Foto deRuínas do Mocke + Circuito de 9 Represas da cedae Foto deRuínas do Mocke + Circuito de 9 Represas da cedae

Autor

Estatísticas da trilha

Distância
7,17 km
Desnível positivo
394 m
Dificuldade técnica
Moderada
Desnível negativo
379 m
Elevação máx
406 m
TrailRank 
53
Elevação min
262 m
Tipo de trilha
Mão Única
Hora
4 horas 10 minutos
Coordenadas
645
Enviada em
21 de novembro de 2016
Registrada em
novembro 2016
Compartilhar

perto de Gávea Pequena, Rio de Janeiro (Brazil)

Visualizado 2099 vezes, baixado 49 vezes

Fotos da trilha

Foto deRuínas do Mocke + Circuito de 9 Represas da cedae Foto deRuínas do Mocke + Circuito de 9 Represas da cedae Foto deRuínas do Mocke + Circuito de 9 Represas da cedae

Descrição do itinerário

Ruínas do Mocke
Sua extensão é de cerca de 7.310m e o tempo de percurso é de aproximadamente 5 horas . Trata-se de um circuito com baixo grau de dificuldade e que oferece atrações históricas como as ruínas da antiga fazenda de Charles Alexander Van Mocke, produtor de café do século XIX, que abrigava um sistema de abastecimento de água do ano de 1876, com a presença de nove caixas d'água em represas onde ainda hoje é feita captação de água da Região

Charles Alexander Van Mocke, capitão-médico do exército holandês, chegou ao Rio de Janeiro em 1818. Foi dono de uma fazenda chamada Nassau, considerada o maior empreendimento cafeeiro do país, localizado no Vale da Gávea Pequena. Em sua propriedade havia extensas plantações com mais de 100 mil pés de café e 16 edificações, constituindo o mais completo estabelecimento agrícola na cidade do Rio de Janeiro.


Na manhã de 31 de janeiro teve um gostinho de gratificação para dois pesquisadores, o subsecretário municipal de Turismo, Paulo Bastos, e o arquiteto e topógrafo Denis Gahyva. Naquele sábado de sol, o prefeito Cesar Maia foi finalmente apresentado ao foco de mais de dez anos de pesquisa. E ele estava praticamente em seu quintal. Desde a Eco 92, Paulo e Denis vasculham bibliotecas, arquivos e as ruínas da Fazenda Nassau, escondidas no Vale da Gávea Pequena, a menos de 3 quilômetros da residência oficial do prefeito. Antes de seguir a trilha que leva às ruínas, uma introdução: "Estes vestígios guardam um importante pedaço da história do café no Brasil. Como plantio comercial em grande escala, com trabalho escravo e voltado para a exportação, a história começou exatamente aqui, em torno de 1818", conta Paulo Bastos. Cesar Maia complementa: "Dom João queria que se plantasse trigo nestas terras. O francês explicou que trigo é para clima temperado e resolveu plantar café por conta própria".

O francês em questão é Louis François Lecesne, que se instalou na cidade no início do século XIX e, com o holandês Charles Alexandre Moke, comandou o plantio de mais de 100.000 pés de café na área. A iniciativa foi um sucesso. Em 1824, Ernest Ebel, um viajante austríaco de passagem pelo Brasil, registrou: "Trata-se de um estabelecimento agrícola que bem merece ser classificado como o primeiro do país". Da casa de Lescene, chamada Sítio São Luis, nada restou. Mas partes da vizinha Fazenda Nassau, de Moke, resistem no meio da floresta que se recompõe. Para chegar a elas, é preciso caminhar por cerca de 1,5 quilômetro. A trilha é fácil, mas a umidade peculiar do local deixou a turma suada. O prefeito Cesar Maia não dispensou a tradicional camisa social de manga comprida, fechada. Mas trocou sapatos sociais pelo par de tênis, que facilitou pequenas escaladas e evitou tombos provocados pelo escorregadio depósito de folhas mortas no chão.

O rico período durou até 1843, quando os cafezais foram arrasados pela praga da borboletinha. Hoje, Paulo e Denis identificam os muros da casa senhorial, restos da senzala, da casa de moinho, de um relógio de sol, além do caminho de pedra que facilitava a passagem de carros puxados por animais. Em uma das antigas paredes da fazenda, o reboco deixou à mostra parte das pedras com cal e óleo de baleia, técnica de construção da época. Transformar a trilha em um belo passeio turístico pela história da cidade em meio ao verde da floresta faz parte dos planos do prefeito. Mas não a curto prazo. "O objetivo, agora, é resgatar melhor a memória desse período e desenvolver um sistema de arqueologia. Para divulgar ao público, é necessário antes buscar parceria com alguma empresa que dê agilidade gerencial na organização da trilha", diz Cesar Maia.

plantações de cinco a dez mil pés de café se espalhavam pela Tijuca, Andaraí, Jacarepaguá. As maiores fazendas nomeadas por Ferrez (1972, p. 63) no Rio de Janeiro e consideradas pioneiras no plantio em larga escala foram as fazendas São Luís de Luís François Lecesne com 50 mil pés de café e a Nassau de Charles Alexander Moke com cerca de 40 mil pés, ambas na Gávea Pequena. As matas da Tijuca e a Serra da Carioca haviam sido derrubadas, primeiro para a fabricação de carvão vegetal e depois transformadas em cafezais. Lá se plantavam também mandioca, milho, arroz e feijão. A devastação da mata diminuiu os mananciais que abasteciam a cidade do Rio de Janeiro, fazendo com que o governo, alarmado com o problema, em 1857, iniciasse um processo de desapropriação das roças e propriedades da Tijuca. E em 1861 o Major Archer começasse o reflorestamento da região, a fim de proteger os mananciais. 7 O café vai caminhando para o interior do país. O deslocamento da fronteira de expansão do café a partir do Vale do Paraíba

Pontos de passagem

SímboloRio Altitude 335 m
Foto deCorrego

Corrego

Corrego

SímboloLago Altitude 376 m
Foto deRepresa 8

Represa 8

Represa 8

SímboloCachoeira Altitude 385 m
Foto deCascata

Cascata

Cascata

SímboloLago Altitude 386 m
Foto deRepresa 6

Represa 6

Represa 6

SímboloLago Altitude 371 m
Foto deRepresa 5

Represa 5

Represa 5

SímboloLago Altitude 350 m
Foto deRepresa1

Represa1

Represa1

SímboloFoto Altitude 375 m
Foto deFinal

Final

Final

Comentários  (3)

  • Foto de ricardopr3
    ricardopr3 21 de dez. de 2016

    Parece ser uma bela trilha! Farei nesse verão!

  • Foto de joxxman
    joxxman 13 de dez. de 2021

    Dá pra fazer essa trilha de MTB?

  • Foto de Icaro Polansky 653965
    Icaro Polansky 653965 15 de dez. de 2024

    Só pela aula de história já aguçou a minha curiosidade em conhecer o percurso.

Você pode ou esta trilha