Majestosidade e rudeza são caraterísticas que tornam a Rota do Maciço Central única em termos de traçado e de paisagem natural. Este percurso põe à prova a condição física e a capacidade de orientação do caminhante.
O percurso apresenta uma sinalética muito deficitária, com algumas marcas de pequena rota (amarelo e vermelho) e mariolas, quase impossível de seguir sem recurso a GPS, porque as marcas do trilho estão parcialmente sumidas ou estão ocultas pela vegetação (principalmente no Vale da Candeeira onde é fácil perdermos a ligação entre as mariolas). Das Salgadeiras até ao poste informativo, junto à estrada no Fragão do Poio dos Cães, a sinalética habitual (amarelo e vermelho) é substituída por um único traço vermelho (pintura mais recente) que é parte da rota do Maciço Central que vai da Torre até à Nave da Mestra, devendo-se abandonar esta sinalética quando se desvia para a Lagoa do Peixão.
Iniciamos o percurso no Covão D`Ametade, no sentido dos ponteiros do relógio. A progressão fez-se por rochedos e mato, com desníveis de cortar a respiração e paisagens inesquecíveis. Do Covão D`Ametade até ao Cântaro Gordo (sem subir ao seu cume) um verdadeiro esforço pelo declive que tivemos de vencer, com algumas paragens a meio para recuperar o fôlego, mas compensado pelos locais emblemáticos que podemos contemplar: o Covão d’Ametade, o Covão Cimeiro, os Cântaros (Magro, Gordo e Raso) e a Lagoa dos Cântaros. A dimensão da beleza paisagística emociona e faz-nos sentir ainda mais pequenos ante a grandiosidade do cenário majestoso que decorre diante dos nossos sentidos à medida que nos embrenhamos nas entranhas do Maciço Central.
Vencido o declive fizemos uma paragem para o reforço da manhã, seguindo para as Salgadeiras (conjunto de várias charcas) e daqui, passando pelo Covão da Clareza, até ao poste informativo, junto à estrada no Fragão do Poio dos Cães. Continuamos o trilho, agora a descer por entre pedras, com aqui e ali umas descidas mais abruptas e começamos a avistar a Lagoa do Peixão ao longe, progredimos em sua direção, lá chegados fizemos uma pausa para almoço enquanto contemplávamos a beleza do local e desfrutávamos dos raios solares deste magnifico dia de Outono. Já com as forças recuperadas voltamos à marcha que, até aqui e considerando a tipologia do terreno, tinha sido a um bom ritmo. Seguimos para o Vale da Candeeira e progredindo ao longo do seu ribeiro, chegamos à Ponte Bolota, continuamos, para pouco à frente atravessar o Ribeiro da Candeeira e por mato por vezes denso e sinalizações por vezes imperceptíveis lá subimos mais um penhasco… Entre os pontos marcados do Curral (Vegetação densa) e das Candeeirinhas a trilha realizada não está de acordo com o PR5. Seguimos a derivação do PR5 e posteriormente cortamos, para Candeeirinhas, troço a corta mato por entre vegetação por vezes densa, saltando de rocha em rocha, com alguma escalada à mistura lá conseguimos vencer a íngreme subida até às Candeeirinhas – TROÇO NÃO ACONSELHADO!
Nas Candeeirinhas, e novamente no PR5, seguimos o caminho, já percetível, de pé posto, que fomos descendo em direção ao Covão D`Ametade, com o Vale Glaciar do Zêzere do nosso lado esquerdo. Assim terminamos a Rota do Maciço Central, um percurso cujo grau de dificuldade se previa elevado e as espetativas não saíram goradas.
OBSERVAÇÕES:
Percurso aconselhado a pessoas habituadas a fazer caminhadas com regularidade. Evitar fazer sozinho este trilho.
Requer atenção na sua preparação (água, reforço energético, equipamento adequado à época, tendo sempre em conta que, em montanha, o tempo pode trocar-nos as voltas).
Escolher os dias com previsão de tempo seco, com boa visibilidade e as estações do ano com mais horas de luz (demora entre 8 a 9 horas a fazer os poucos mais de 12 km).
O uso de GPS é obrigatório, quer pelos motivos apontados mas, também, porque as marcas do trilho estão parcialmente sumidas ou estão ocultas pela vegetação (principalmente no Vale da Candeeira onde é fácil perdermos a ligação entre as mariolas).
Links úteis:
http://www.manteigastrilhosverdes.com/?trilhos-pedestres&cod=3
http://www.manteigastrilhosverdes.com/uploads/pr_5_mtg_por_v2.pdf 
Marcia Madeira 17 de nov. de 2015
estava um tempo fantastico que ajudou a fazer este trilho, com chuva pode ter algum perigo.
Marcia Madeira 17 de nov. de 2015
trilho muito bonito
PicosAlpinos 17 de nov. de 2015
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Fácil de fazer
Paisagem
Difícil
Já fiz este trilho, é magnífico! Percorre o maciço central da serra da estrela dando panorâmicas de alguns locais emblemáticos: o Covão d’Ametade, o Covão Cimeiro, os Cântaros (Magro, Gordo e Raso), a Lagoa dos Cântaros, as Salgadeiras e Lagoa do Peixão.
Trilho dificil que põe à prova a capacidade fisica e de orientação, as marcas são insuficientes ou inexistentes principalmente entre o Vale da Candeeira e Candeeirinha.
Obrigado pela partilha.
fernandapacheco 25 de jan. de 2016
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Fácil de fazer
Paisagem
Difícil
Concordo majestosidade e rudeza caraterizam este trilho mas em compensação as panorâmicas são magnificas.
Fabio_360 15 de jul. de 2017
Desaconselho este tracking de GPS, a vegetação depois da Ponte da bolota até avistamos o vale glaciar do Zêzere tem por vezes mais de 1.7m de altura, as marcas são inexistentes e as mariolas difíceis de avistar e a subida é sempre a pique. Não sei se existem outros trackings que evitam este troço. O resto do percurso está bastante bem sinalizado com marcas recentemente renovadas, pena o troço que mencionei.
As paisagens são das mais magníficas que já vi.
Fiz sozinho, desaconselho completamente.
Caminhantes 15 de jul. de 2017
Obrigado pelo comentário Fabio_360!
Também referimos na nossa descrição que o trilho tem um troço não aconselhado entre os pontos marcados do Curral (Vegetação densa) e as Candeeirinhas. A trilha realizada não está de acordo com o PR5. Seguimos a derivação do PR5 e posteriormente cortamos, para Candeeirinhas, troço a corta mato por entre vegetação por vezes densa, saltando de rocha em rocha, com alguma escalada à mistura lá conseguimos vencer a íngreme subida até às Candeeirinhas – por isso TROÇO NÃO ACONSELHADO!
Deixamos também o link onde pode ser feito o download oficial do trilho http://www.manteigastrilhosverdes.com/?trilhos-pedestres&cod=3
Boas caminhadas!
Pedro Pinheiro 17 de dez. de 2017
É triste mas este trilho ou percurso está assim faz anos, nunca é limpo! torna a orientação muito mais difícil, e o percurso muito mais cansativo!
kevin199993 25 de set. de 2018
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Difícil
Magnifico trilho!
c.lalias 20 de mar. de 2019
Hola!
Somos un Club de Senderismo de Salamanca.
En próximas fechas haremos una ruta desde Navasfrias, en la frontera con España, hasta Serra da Estrella. Es un viaje en bicicleta todo terreno con alforjas y necesitamos organizar la vuelta.
Necesitamos información de alguna empresa de transporte con la que pudieramos contactar en Manteigas.
Nos sería de gran ayuda para el éxito de la ruta.
Seríamos unas 10 personas con sus bicis.
Hemos contactado con el ayuntamiento, centro BTT, oficina de turismo, ... sin recibir respuesta.
Gracias de antemanao.
Saludos
Carlos Elías
Club Salandar - Peñaranda de Bracamonte - Salamanca
https://blogclubsalandar.blogspot.com/
Caminhantes 20 de mar. de 2019
Hola c.lalias!
Somos de la region de Porto y no conocemos una empresa en la zona Manteigas para transporte de las bici
Saludos
c.lalias 20 de mar. de 2019
Gracias de todas formas!!
Saludos.
João Paulo Nunes 18 de jul. de 2019
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Fiz o percurso sozinho, em julho e gostei muito. Comecei no Covão d´Ametade e a subida inicial foi a parte mais difícil de todo o percurso. Não quero imaginar como será a descer! Nesta primeira parte tive algumas vezes dificuldade em ver as marcas. Depois vieram as várias lagoas e lagoachos e o Vale da Candeeira. Gostei especialmente da Lagoa do Peixão (Paixão) e do Vale da Candeeira. Achei difícil mas um dia destes vou repetir.
Caminhantes 18 de jul. de 2019
Olá João Paulo Nunes!
Obrigado pelo comentário e avaliação da trilha.
Saudações.
Telma Santos 19 de dez. de 2019
Olá Caminhantes
Gostava muito de fazer esta trilha mas não tenho GPS so telemóvel. Não me aconselham ou não devo mesmo fazer?
João Paulo Nunes 19 de dez. de 2019
Para Telma Santos: sem GPS não aconselho fazer este trilho. Existem marcas e mariolas em todo o percurso mas nem sempre são fáceis de encontrar. E mesmo com GPS NUNCA nesta altura do ano. É necessário andar em cima de rochas e nesta altura estarão extremamente escorregadias.
Telma Santos 19 de dez. de 2019
Ohh que pena gostava mesmo de fazer mas pronto tenho que investir num GPS. Aconselham me algum ☺️??
Caminhantes 19 de dez. de 2019
Eu tenho um da Garmin, o Etrex 20 e estou satisfeito.
CarlosAlmeida 2 de abr. de 2020
Há cerca de 1 mês fiz uma parte desse trilho, juntamente com um amigo meu. À data não conhecia este vosso site.
Na altura a ideia foi apenas ir até à Lagoa dos Cântaros tirar fotografias, uma vez que só tivemos 2 dois dias para fotografar vários locais da Serra da Estrela.
Fizemos o percurso no sentido do ponteiro dos relógio, pelo que iniciamos no Covão d'Ametade, subindo pelo Covão Cimeiro até perto do sopé do Cântaro Gordo e Lagoa dos Cântaros.
Após tirarmos as fotografias, regressamos ao Covão d'Ametade pelo mesmo percurso, ou seja, a descer pelo Covão Cimeiro.
Iniciamos a caminhada às 05h (ainda totalmente escuro) e chegamos lá cima pelas 06h30, bem a tempo do nascer do sol. Ainda que estivesse escuro e apenas com lanternas (sem GPS!), e fora a dificuldade da subida, o percurso fez-se bem, pois encontrava-se bem sinalizado; além das mariolas e das marcações amarela/ vermelha, ainda existiam "marcações" com duas ou 3 pedras sobrepostas em cima de uma grande a indicar o percurso. A meteorologia também ajudou.
O regresso demorou pouco mais de metade do tempo (cerca de 1h), mas acabou por ser mais difícil. Para além de ser a descer, acabamos por "perder" o trilho e tivemos de andar uns minutos às voltas na zona um pouco acima de onde tiraram a foto "Panorama Covão Cimeiro" (nessa descida fomos mais pela esquerda).
Conclusão: Percurso extraordinário, mas difícil e de certo desaconselhado a quem não está habituado, a crianças e pessoas de idade mais avançada ou quem tem mobilidade mais reduzida.
Obrigado pelo vosso trabalho!
Caminhantes 2 de abr. de 2020
Olá Carlos Almeida
Obrigado pelo comentário.
Saudações
Vera Santos * Barbie 16 de abr. de 2021
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Fácil de fazer
Paisagem
Difícil
É um trilho exigente, e com paisagens simplesmente maravilhosa! Vale muito apena... Fizemos algumas alterações... No decorrer do percurso! Mas sem dúvida que vale muito apena
Caminhantes 16 de abr. de 2021
Olá Vera Santos!
Obrigado pelo comentário e avaliação da trilha. Saudações.
mm94ferreira 5 de out. de 2021
Caminhada fantástica com paisagens incríveis!
Caminhantes 5 de out. de 2021
Olá mm94ferreira
Obrigado pelo comentário. Saudações.