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1.554 m
1.289 m
0
4,2
8,4
16,76 km
Visualizado 1561 vezes, baixado 83 vezes
perto de Sítio Lucidororio de O. Lima, Paraná (Brazil)
Percurso em forma de circuito que leva à Pedra da Divisa, no extremo norte da Serra do Quiriri (SC), divisa de estado com o Paraná, partindo do planalto, da Mangueira do Lageano, na estrada que dá acesso à Fazenda Alto Quiriri (exige autorização prévia de passagem). O acesso até o ponto de início da caminhada exige o uso de veículo alto e 4x4 pois as condições da estrada na subida da serra, após o Rio Negro estão precárias.
Trip realizada em outubro/2013 com a equipe principal da AMC - Associação Montanhistas de Cristo (em dois dias, com pernoite) e um destacamento do NNM - Nas Nuvens Montanhismo, que percorreu praticamente o mesmo trecho de ataque.
Este percurso percorre inicialmente estrada de gado, adentrando a região do Alto Quiriri, em terras particulares, ladeando o Monte Quiriri e depois o Monte Klein, dali infletindo rumo norte, por um dos vales encantados em direção à Pedra da Divisa.
É possível tanto fazer este trajeto "de ataque", indo e voltando no mesmo dia, sem pernoite, como acampando próximo do Morro Queimado e da Pedra da Divisa.
Na região há várias opções de locais para acampamento além daquele que escolhemos. Pede-se aos que trilharem pela região que preservem as matas e pontos de água, observando as regras de mínimo impacto (explanadas adiante).
CARACTERÍSTICAS:
A região toda é de especial beleza e singularidade. São algumas das porções de campos rupestres mais expressivas do Brasil e de extrema importância sob o aspecto ambiental. Além disso é uma região com grande número de nascentes que depois alimentaram sucessivos rios da região, abastecendo várias grandes cidades da área, como Garuva, Joinville e outras.
DIFICULDADE:
Na região do Alto Quiriri impera uma espécie de microclima, muito peculiar. Pode-se caminhar horas a fio no sol, com céu azul e, de um momento a outro, de repente, tudo ficar encoberto por um nevoeiro denso, chamado na região de "tapume" (os gaúchos chamam de "viração" o fenômeno parecido que ocorre nas encostas da Serra Geral). Isso pode comprometer a navegação visual, pois com nevoeiro denso praticamente não se encherga nada e as trilhas, sob cerração, ficam todas iguais, levando o caminhante a se perder.
A altimetria dos percursos pelo Alto Quiriri não é elevada, mas as caminhadas pelos campos e capim fofo, em constante sobe e desce pode ser bastante cansativa e exige bastante das pernas, não subestime a dificuldade física! Todavia, fisicamente não é de dificuldade elevada. Necessário andar atento e com cuidado ao pisar (especialmente com buracos sob as toiceiras de capim) para evitar entorses de tornozelo, suscetíveis naquele tipo de terreno.
Água é um item que pode ser encontrado em muitos locais, a área é rica em nascentes de rios com água potável (na grande maioria dos casos). Basta procurar em pequenos vales, onde a mata é mais espessa e verde mais escura. Recomenda-se o tratamento com Clorin para consumo, pois essa área é repleta de gado criado de forma extensiva.
Considerando-se os fatores descritos, bem como os critérios estabelecidos pelo método MIDE, considero para este percurso que o nível de dificuldade para esta caminhada é MODERADO. O tempo de percurso registrado pelo GPS (de mais de um dia, como consta nas estatísticas da trilha aqui no Wikiloc), não corresponde à realidade de duração da caminhada aqui retratada, pois inclui bastante tempo parado e acampamento. De uma forma geral este percurso pode ser feito em cerca de 9 horas totais (ida e volta) sem paradas longas e explorações.
SEGURANÇA E PRESERVAÇÃO - RECOMENDAÇÕES GERAIS:
Não arisque a sorte. Se não conhece a região, não se aventure sem companhia de quem conheça a área.
- Recomenda-se SEMPRE usar calçado adequado para trilha, como bota de cano médio e ter consigo equipamentos básicos para qualquer caminhada, como lanterna de cabeça e pilhas sobressalentes, proteção contra chuva e frio como um poncho ou anoraque e comida e água suficientes para se manter pelo menos durante um dia inteiro de jornada.
Ao trilhar pela região você também se torna responsável por ela. Lembre-se:
- Você é o principal responsável por sua saúde e segurança. Preste atenção onde pisa, onde senta e onde se segura. Cobras, aranhas e outros insetos potencialmente perigosos são encontrados com frequência na região e constituem riscos reais em qualquer área selvagem, especialmente nas estações de primavera e verão.
- TRAGA TODO o seu lixo de volta consigo;
- NÃO FAÇA FOGUEIRAS - toda a área é de preservação ambiental e é muito sensível a incêndios florestais, especialmente no inverno, quando tudo fica muito mais seco. EVITE ao máximo FUMAR na área e, se o fizer, não descarte suas bitucas no caminho - apague-as com água e traga junto com o seu lixo;
- Necessidades fisiológicas devem ser feitas longe de cursos d'água (pelo menos a 50m de distância). Dejetos sólidos devem ser enterrados e o papel higiênico trazido de volta com você;
- NÃO POLUA A ÁGUA das nascentes existentes na região: em seus eventuais banhos de rio, não use sabonetes e outros cosméticos e observe antes a remoção total dos resíduos de filtro solar, cremes e/ou repelentes aplicados sobre a pele. LAVE-SE ANTES, FORA E LONGE DO RIO com uma garrafa para remover estes resíduos, sem lançar esta água usada diretamente no rio novamente. Estes produtos são altamente contaminantes e aquelas são águas que você mesmo e outros usarão para beber adiante. NÃO LAVE PANELAS ou mesmo descarte restos de comida nos riachos;
- NÃO DESMATE, não abra novas trilhas, não colha plantas ou mesmo flores;
- NÃO faça marcas nas rochas, NÃO coloque fitas ou sinalize partes da trilha, isso só deve ser feito por pessoas qualificadas e dentro de um plano de manejo. Também NÃO danifique a sinalização que porventura encontrar;
- FAÇA SILÊNCIO e desfrute da natureza como ela é, inclusive seus sons característicos;
Agindo desta forma você não coloca em risco outras pessoas, como seus próprios companheiros de caminhada ou ainda terceiros que poderiam ser acionados para um resgate, além de contribuir para a preservação do local e da região como um todo, mantendo-os interessantes aos que por ali irão passar depois de você. RESPEITE!
"A natureza também pertence aos que ainda estão por vir"
Boas caminhadas!
Trip realizada em outubro/2013 com a equipe principal da AMC - Associação Montanhistas de Cristo (em dois dias, com pernoite) e um destacamento do NNM - Nas Nuvens Montanhismo, que percorreu praticamente o mesmo trecho de ataque.
Este percurso percorre inicialmente estrada de gado, adentrando a região do Alto Quiriri, em terras particulares, ladeando o Monte Quiriri e depois o Monte Klein, dali infletindo rumo norte, por um dos vales encantados em direção à Pedra da Divisa.
É possível tanto fazer este trajeto "de ataque", indo e voltando no mesmo dia, sem pernoite, como acampando próximo do Morro Queimado e da Pedra da Divisa.
Na região há várias opções de locais para acampamento além daquele que escolhemos. Pede-se aos que trilharem pela região que preservem as matas e pontos de água, observando as regras de mínimo impacto (explanadas adiante).
CARACTERÍSTICAS:
A região toda é de especial beleza e singularidade. São algumas das porções de campos rupestres mais expressivas do Brasil e de extrema importância sob o aspecto ambiental. Além disso é uma região com grande número de nascentes que depois alimentaram sucessivos rios da região, abastecendo várias grandes cidades da área, como Garuva, Joinville e outras.
DIFICULDADE:
Na região do Alto Quiriri impera uma espécie de microclima, muito peculiar. Pode-se caminhar horas a fio no sol, com céu azul e, de um momento a outro, de repente, tudo ficar encoberto por um nevoeiro denso, chamado na região de "tapume" (os gaúchos chamam de "viração" o fenômeno parecido que ocorre nas encostas da Serra Geral). Isso pode comprometer a navegação visual, pois com nevoeiro denso praticamente não se encherga nada e as trilhas, sob cerração, ficam todas iguais, levando o caminhante a se perder.
A altimetria dos percursos pelo Alto Quiriri não é elevada, mas as caminhadas pelos campos e capim fofo, em constante sobe e desce pode ser bastante cansativa e exige bastante das pernas, não subestime a dificuldade física! Todavia, fisicamente não é de dificuldade elevada. Necessário andar atento e com cuidado ao pisar (especialmente com buracos sob as toiceiras de capim) para evitar entorses de tornozelo, suscetíveis naquele tipo de terreno.
Água é um item que pode ser encontrado em muitos locais, a área é rica em nascentes de rios com água potável (na grande maioria dos casos). Basta procurar em pequenos vales, onde a mata é mais espessa e verde mais escura. Recomenda-se o tratamento com Clorin para consumo, pois essa área é repleta de gado criado de forma extensiva.
Considerando-se os fatores descritos, bem como os critérios estabelecidos pelo método MIDE, considero para este percurso que o nível de dificuldade para esta caminhada é MODERADO. O tempo de percurso registrado pelo GPS (de mais de um dia, como consta nas estatísticas da trilha aqui no Wikiloc), não corresponde à realidade de duração da caminhada aqui retratada, pois inclui bastante tempo parado e acampamento. De uma forma geral este percurso pode ser feito em cerca de 9 horas totais (ida e volta) sem paradas longas e explorações.
SEGURANÇA E PRESERVAÇÃO - RECOMENDAÇÕES GERAIS:
Não arisque a sorte. Se não conhece a região, não se aventure sem companhia de quem conheça a área.
- Recomenda-se SEMPRE usar calçado adequado para trilha, como bota de cano médio e ter consigo equipamentos básicos para qualquer caminhada, como lanterna de cabeça e pilhas sobressalentes, proteção contra chuva e frio como um poncho ou anoraque e comida e água suficientes para se manter pelo menos durante um dia inteiro de jornada.
Ao trilhar pela região você também se torna responsável por ela. Lembre-se:
- Você é o principal responsável por sua saúde e segurança. Preste atenção onde pisa, onde senta e onde se segura. Cobras, aranhas e outros insetos potencialmente perigosos são encontrados com frequência na região e constituem riscos reais em qualquer área selvagem, especialmente nas estações de primavera e verão.
- TRAGA TODO o seu lixo de volta consigo;
- NÃO FAÇA FOGUEIRAS - toda a área é de preservação ambiental e é muito sensível a incêndios florestais, especialmente no inverno, quando tudo fica muito mais seco. EVITE ao máximo FUMAR na área e, se o fizer, não descarte suas bitucas no caminho - apague-as com água e traga junto com o seu lixo;
- Necessidades fisiológicas devem ser feitas longe de cursos d'água (pelo menos a 50m de distância). Dejetos sólidos devem ser enterrados e o papel higiênico trazido de volta com você;
- NÃO POLUA A ÁGUA das nascentes existentes na região: em seus eventuais banhos de rio, não use sabonetes e outros cosméticos e observe antes a remoção total dos resíduos de filtro solar, cremes e/ou repelentes aplicados sobre a pele. LAVE-SE ANTES, FORA E LONGE DO RIO com uma garrafa para remover estes resíduos, sem lançar esta água usada diretamente no rio novamente. Estes produtos são altamente contaminantes e aquelas são águas que você mesmo e outros usarão para beber adiante. NÃO LAVE PANELAS ou mesmo descarte restos de comida nos riachos;
- NÃO DESMATE, não abra novas trilhas, não colha plantas ou mesmo flores;
- NÃO faça marcas nas rochas, NÃO coloque fitas ou sinalize partes da trilha, isso só deve ser feito por pessoas qualificadas e dentro de um plano de manejo. Também NÃO danifique a sinalização que porventura encontrar;
- FAÇA SILÊNCIO e desfrute da natureza como ela é, inclusive seus sons característicos;
Agindo desta forma você não coloca em risco outras pessoas, como seus próprios companheiros de caminhada ou ainda terceiros que poderiam ser acionados para um resgate, além de contribuir para a preservação do local e da região como um todo, mantendo-os interessantes aos que por ali irão passar depois de você. RESPEITE!
"A natureza também pertence aos que ainda estão por vir"
Boas caminhadas!
5 comentários
Você pode adicionar um comentário ou avaliar esta trilha
Rat_1969 19/jan/2019
Já fez até o Raulino ou até a Pedra da Tartaruga saindo ali da mangueira?
gvogetta 7/fev/2019
Olá Rat!
Sim, já percorremos este trecho algumas vezes, dentre outros. A mangueira é um bom ponto de entrada nos campos do alto Quiriri, seja para ir até o Monte Quiriri, a Pedra da Tartaruga, o Monte Pe. Raulino, Pedra da Divisa, Bradador e outros por ali.
Bons ventos!
Leonardo Franceschi 10/mai/2019
Ola Getúlio! O acesso ao marco da divisa pelo reflorestamento da Comfloresta é fechado certo? Você já foi por ali? Precisa autorização?
Abraço.
noemijaqueline 24/ago/2020
Boa tarde!
Voce ja fez a trilha até a Pedra da Tartaruga acessando o sitio Lucidorio de O. Lima?
gvogetta 25/ago/2020
Olá pessoal. Respondendo às últimas questões postadas..
Leonardo: sim, já fui pela Confloresta até o marco da divisa (além do marco principal existem mais 2, relativamente próximos) e é necessário pedir autorização, o que atualmente não sei como vem sendo feito, pois o Quiriri vem passando por diversas mudanças recentes quanto aos acessos.
Noemi: Sim, pelo que sei o tal sítio mencionado é o da Mangueira antes da propriedade da Ciser/Hacasa. É a rota mais curta e direta até a Pedra da Tartaruga. Tem tracklogs deste trecho aqui no Wikiloc, a exemplo dessa: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/quiriri-mangueira-ate-pedra-tartaruga-1557852
Saudações!