Atividade

Buracas do Casmilo - vale dos Covões - Dolina do Casmilo, com partida em Casmilo

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Fotos da trilha

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Autor

Estatísticas da trilha

Distância
8,03 km
Desnível positivo
436 m
Dificuldade técnica
Moderada
Desnível negativo
436 m
Elevação máx
382 m
TrailRank 
84 4,5
Elevação min
202 m
Tipo de trilha
Circular
Tempo em movimento
2 horas 5 minutos
Hora
3 horas 12 minutos
Coordenadas
1415
Enviada em
29 de junho de 2024
Registrada em
junho 2024
  • Avaliação

  •   4,5 2 Avaliações
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perto de Casmilo, Coimbra (Portugal)

Visualizado 1059 vezes, baixado 70 vezes

Fotos da trilha

Foto deBuracas do Casmilo - vale dos Covões - Dolina do Casmilo, com partida em Casmilo Foto deBuracas do Casmilo - vale dos Covões - Dolina do Casmilo, com partida em Casmilo Foto deBuracas do Casmilo - vale dos Covões - Dolina do Casmilo, com partida em Casmilo

Descrição do itinerário

Caminhada circular marcada, mas nós fizemos umas alterações ao trilho oficial, essa parte em que nós alongamos o trilho não é marcada.

Percurso PR2 "NAS 'BURACAS' DO CASMILO" o percurso oficial tem cerca de 4km.

A beleza agreste do Vale das Buracas contracena com a constante presença de dóceis rebanhos e de campos domados pela mão humana, delimitados por muros de pedra calcária.
Também conhecidos como "muros de pedra Seca"
Este percurso é uma agradável lição de geomorfologia, pela particular formação do vale, do campo de lapiás e também das dolinas “arranjadas”.

Saindo da aldeia de Casmilo, seguimos em direção ao campo de Lápias de Casmilo, primeiro por estrada e depois por um largo caminho em terra.
Um caminho onde se pode observar a antiga técnica de construção de muros calcários, conhecidos como muros de pedra seca.
Após termos caminhado cerca de 500m em ligeira subida, iniciamos a descida em direção às buracas do Casmilo.
Já vemos as enormes buracas na encosta e também temos uma panorâmica do vale de Covões, para a nossa direita.
Antes de chegar ao fim da descida e às buracas do Casmilo, tomamos um carreiro à direita, que em tempos já foi um caminho rural de acesso aos campos de cultivo.
Cerca de 200m à frente, temos uma bifurcação para a esquerda a subir é o percurso marcado, nós subimos cerca de 100m pelo trilho oficial para poder ter uma panorâmica mais abrangente do vale de Covões.
Descemos até à bifurcação novamente e seguimos pelo caminho da direita, um pouco à frente temos uns cabos de apoio numa zona de pedra calcária.
Descemos e encontramos uma Buraca, com um pequeno muro, pelos vestígios observáveis no local, já foi utilizada como abrigo para animais, numa parte desta enorme Buraca, vêm-se os vestígios de uma escavação arquiologica.
A mata nesta zona é densa, caminhamos por um túnel de árvores e por cima de pedra calcária, em dias de chuva esta zona deve ser muito escorregadia.
Em alturas de muita chuva esta zona é uma canhão fluviocársico por onde as águas das encostas escorrem, a mata nesta zona é luxuriante.
Lentamente o carreiro pelo meio do arvoredo cerrado, vai dando lugar a campos de cultivo, castanheiros e olival.
No final deste carreiro, chegámos a um estradão florestal, viramos à esquerda e temos pela frente uma subida com 1km com 10% de inclinação, é a dificuldade maior deste percurso.
De um lado e do outro os muros de pedra seca, acompanham-nos ao longo da subida.
Os montes encontram-se despidos de árvores e estão apenas cobertos por arbustos rasteiros (roselhas, maleiteiras, sanguinho-das-sebes, etc.).

Mas para quem for com atenção, irá ver que nas encostas, no meio dos arbustos rasteiros, existem milhares de oliveiras que hoje em dia se encontram ao abandono.
O porquê de os habitantes antigamente plantarem oliveiras nestas encostas calcárias é;
As oliveiras são as únicas árvores que aqui conseguem medrar nestas encostas esqueléticas.

Também já se vêem várias manchas de eucaliptos o que é lamentável.
Após atingirmos o ponto mais elevado do percurso, descemos aproximadamente 1km e estamos junto às buracas do Casmilo.
Fizemos uma pausa para o café dentro da maior Buraca, com uma bela vista para as buracas da encosta oposta e para o vale dos Covões.

200m após deixar para trás as buracas do Casmilo, mesmo antes de chegar ao carreiro onde viramos à direita no início do trilho.
Viramos à direita, fazemos um zigzag e iniciamos a subida junto ao campo de Lápias, por um caminho agrícola com alguns muros de pedra seca, muita vegetação rasteira e as resistentes oliveiras espalhadas pela encosta.
Caminhamos 1 km por este caminho agrícola até chegar a um caminho florestal largo, onde viramos á esquerda em direção á aldeia de Casmilo.
A mata rapidamente dá lugar aos campos de cultivo da aldeia, passamos pela Dolina de Casmilo. E rapidamente estamos na aldeia e no local onde iniciamos o trilho.

A nossa avaliação do trilho:

O trilho das Buracas do Casmilo pode ser percorrido durante todo o ano, embora não aconselhamos que o faça em dias de chuva, ou após vários dias de pluviosidade, porque o acesso às buracas se pode tornar bastante escorregadio e perigoso, assim como caminhar por cima da pedra calcária ao longo do trilho, pode-se tornar perigoso.
A dificuldade deste trilho é moderada.
Os motivos de interesse são vários!
Os muros de pedra seca, as Dolinas, a vegetação autóctone, as paisagens.
A maior atração do percurso sem qualquer dúvida são as Buracas do Casmilo.

Não deixe de levar um calçado adequado a caminhadas, água e alguns snacks (até porque poderá fazer um piquenique no Vale das Buracas do Casmilo), protetor solar, óculos de sol e chapéu, e um saco para trazer consigo o lixo que fizer.

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Dolina do Casmilo

A Dolina do Casmilo, localizada num pequeno socalco, comorigem provável nojurássicosuperior ou cretácico inferior, constitui uma geoforma de pequena dimensão, cuja formação mais provável terá ocorrido por ação da dissolução dos calcários


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VALE DAS BURACAS

Existem duas teorias que procuram explicar a formação deste curioso canhão.
Uma fala da construção à superfície, de fora para dentro. Admitindo que no período Quaternário passaria neste vale um rio muito sinuoso e caudaloso. Mas atribui especial destaque ao processo da gelifracção provocada por um glaciar ou periglaciar. A água que se encontrava nos interstícios da rocha teria então congelado e descongelado repetidamente até se fragmentar. Há quem assegure que os depósitos de gelifractos (calhaus muito angulosos de calcário originados pelo processo da gelifracção) encontrados no fundo do vale são evidência verosímil desta teoria.
A outra teoria refere-se a um processo físico de dentro para fora denominado de incasão. É na união de duas ou mais fracturas que se formam as cavernas neste tipo de rocha. A água que por aí circula vai corroer a rocha (no início trata-se de um processo químico). Quanto mais tempo o nível freático permanece num determinado ponto, maior será a cavidade aí formada. Como as “buracas” que encontramos nas paredes de um lado do vale têm uma correspondente à mesma altitude do outro lado do vale, podemos deduzir que são os extremos de uma antiga caverna, tendo o nível freático descido e subido lentamente, com fraca variação altitudinal. De súbito, deu-se um abaixamento brusco do nível freático (hoje encontra-se a mais de cem metros abaixo do vale), provocando a fragilização de toda a estrutura, devido ao alívio da pressão hidroestática, que culminou no desmoronamento de toda a parte central desta estrutura geológica. Deu-se então um arqueamento das partes laterais afim de suster as “buracas” (podemos comprovar facilmente este processo olhando para a parte superior destes abrigos sob rocha em forma de domos onde inúmeras fissuras convergem para um ponto comum, sensivelmente a meio destas cavidades.
A comprovar esta teoria está a presença de muitos blocos de colapso ao longo do vale; o referido arqueamento das “buracas”; a não existência de um vale em U (se o processo de gelifracção fosse consequência de um glaciar, teríamos um vale nessa forma característica), mas sim em V; os vários níveis simétricos de encavernamento formados pelo nível freático, e o regime de descarga de águas de todo o maciço toma a direcção Este-Oeste, perpendicular à orientação do vale.
A presença de gelifractos poderá ter acelerado o processo físico da incasão (?), ou terem sido originados por um processo posterior e de somenos importância (?). (Neto, C.. 1994)
Algumas figueiras bravas crescem nas buracas mais inacessíveis, aproveitando as fissuras e a porosidade da rocha para estenderem as suas fortes raízes.

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OS MUROS DE PEDRA SECA NA SERRA DE SICÓ

"As rochas soltas representaram sempre um dos maiores problemas para a agricultura e para o pastoreio nas serras calcárias.
Construir muros e moroiços foram engenhosas técnicas para minimizar o problema.
Mas a pedra solta representava também uma oportunidade para construir pequenos abrigos pelos pastores e agricultores com a finalidade de os proteger das intempéries.

Em situações de perigo, devido a invasões guerreiras, eram as comunidades que colectivamente se organizavam para recolher as pedras soltas e com elas erguerem imponentes muralhas no topo das montanhas.

O passar do tempo, a emigração das populações "montanheiras", o abandono da agricultura e de outras atividades rurais ditaram a ruína destas estruturas pétreas.

(...)Actualmente assiste-se a um movimento das comunidades das Serras de Sicó no sentido de recuperação dos muros de pedra seca e de alguns dos abrigos dos pastores e agricultores. (...) As pessoas revêem-se nas construções rurais de pedra seca como um Património Imemorial que foi mantido de geração em geração. Recordam também o trabalho árduo dos seus antepassados (bisavós, avós e pais) que numa faina continuada ao longo das suas vidas, aumentaram, melhoraram e mantiveram essas estruturas rupestres."

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CAMPO DE LAPIÁS DESERTO DE PEDRAS

A integrar também a paisagem cársica do vale das Buracas do Casmilo, os lapiás são um fenómeno geológico singular com origem na infiltração e consequente ação corrosiva da água da chuva sobre o calcário. São extensas zonas de rocha a descoberto, com arestas salientes e vivas que se tornaram num verdadeiro "deserto de pedras".

Nas zonas de maior declive como as encostas, os sulcos e a estrias na rocha denunciam a direção do escorrimento das águas. Cada lapiá pode ter entre 30cm a 40cm de altura.



Trilha circular a partir de Casmilo, com passagem por:
- Buracas Do Casmilo Caves (5.6 km)
- Lagoa de Casmilo (7.1 km)

Pontos de passagem

SímboloPiquenique Altitude 311 m
Foto deParque de merendas

Parque de merendas

Foto dePonto de informação

Ponto de informação

SímboloFauna Altitude 325 m
Foto deFauna

Fauna

SímboloWaypoint Altitude 326 m
Foto deDolina

Dolina

SímboloFlora Altitude 336 m
Foto deTrovisco macho

Trovisco macho

SímboloWaypoint Altitude 339 m
Foto deMuros de pedra seca Foto deMuros de pedra seca Foto deMuros de pedra seca

Muros de pedra seca

SímboloWaypoint Altitude 342 m
Foto deLápias do Casmilo

Lápias do Casmilo

SímboloPanorama Altitude 336 m
Foto dePanorama

Panorama

SímboloFlora Altitude 317 m
Foto deEstevas

Estevas

SímboloPanorama Altitude 310 m
Foto dePanorâmica das buracas do Casmilo Foto dePanorâmica das buracas do Casmilo Foto dePanorâmica das buracas do Casmilo

Panorâmica das buracas do Casmilo

SímboloFoto Altitude 286 m
Foto deFoto

Foto

SímboloPanorama Altitude 279 m
Foto dePanorama

Panorama

SímboloPanorama Altitude 296 m
Foto dePanorâmica do vale de Covões Foto dePanorâmica do vale de Covões

Panorâmica do vale de Covões

SímboloWaypoint Altitude 272 m
Foto deTrilho é à direita, para a esquerda é facultativo para ver a panorâmica do vale e regressar.

Trilho é à direita, para a esquerda é facultativo para ver a panorâmica do vale e regressar.

SímboloFoto Altitude 267 m
Foto dePanorâmica do percurso Foto dePanorâmica do percurso Foto dePanorâmica do percurso

Panorâmica do percurso

SímboloFoto Altitude 260 m
Foto deFoto Foto deFoto

Foto

SímboloFoto Altitude 253 m
Foto deFoto

Foto

SímboloFoto Altitude 253 m
Foto deFoto

Foto

SímboloFoto Altitude 223 m
Foto deFoto Foto deFoto

Foto

SímboloFoto Altitude 302 m
Foto deFoto

Foto

SímboloRuínas Altitude 375 m
Foto deRuínas

Ruínas

SímboloFlora Altitude 306 m
Foto deOliveiras centenárias

Oliveiras centenárias

SímboloCaverna Altitude 304 m
Foto deBuracas Do Casmilo Caves Foto deBuracas Do Casmilo Caves Foto deBuracas Do Casmilo Caves

Buracas Do Casmilo Caves

SímboloCaverna Altitude 291 m
Foto deBuracas Do Casmilo Caves

Buracas Do Casmilo Caves

SímboloCaverna Altitude 290 m
Foto deBuracas Do Casmilo Caves Foto deBuracas Do Casmilo Caves

Buracas Do Casmilo Caves

SímboloCaverna Altitude 337 m
Foto deBuracas do Casmilo Foto deBuracas do Casmilo Foto deBuracas do Casmilo

Buracas do Casmilo

SímboloCaverna Altitude 309 m
Foto deBuracas Do Casmilo Caves Foto deBuracas Do Casmilo Caves

Buracas Do Casmilo Caves

SímboloCaverna Altitude 302 m
Foto deBuracas Do Casmilo Caves Foto deBuracas Do Casmilo Caves Foto deBuracas Do Casmilo Caves

Buracas Do Casmilo Caves

SímboloFoto Altitude 338 m
Foto dePormenor do percurso Foto dePormenor do percurso

Pormenor do percurso

SímboloFoto Altitude 344 m
Foto deMuros de pedra seca Foto deMuros de pedra seca

Muros de pedra seca

SímboloFoto Altitude 346 m
Foto deFoto

Foto

SímboloLago Altitude 332 m
Foto deLagoa de Casmilo Foto deLagoa de Casmilo

Lagoa de Casmilo

SímboloFlora Altitude 328 m
Foto deTrovisco macho

Trovisco macho

SímboloFoto Altitude 320 m
Foto deFoto

Foto

SímboloFauna Altitude 291 m
Foto deFauna Foto deFauna Foto deFauna

Fauna

Comentários  (4)

  • Foto de Sónia Sampaio ( Perdidos nos Trilhos)
    Sónia Sampaio ( Perdidos nos Trilhos) 17 de jul. de 2024

     

    Eu fiz esta trilha  Ver mais

    Um local que há muito queria conhecer.
    Um percurso muito interessante, com muitos pontos de interesse, sendo as Buracas o ponto alto do percurso.
    Em dias de muito calor a subida a meio do percurso pode ser bastante penosa.

  • Foto de Perdidos nos trilhos
    Perdidos nos trilhos 5 de fev. de 2025

    Obrigado Sónia Sampaio pelo comentário e avaliação do trilho.
    É um trilho muito interessante, mas como dizes a subida a meio do percurso bem dias de calor pode ser bem durinha

  • Foto de Joaovelosa
    Joaovelosa 9 de fev. de 2025

     

    Eu fiz esta trilha  verificado  Ver mais

    Bonito, diferente e de fácil acesso

  • Foto de Perdidos nos trilhos
    Perdidos nos trilhos 9 de fev. de 2025

    Obrigado Joaovelosa pelo comentário e avaliação do trilho.
    Um trilho fácil de fazer, apesar de não se encontrar sinalizado.
    Continuação de boas caminhadas.

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